Mapa apreende 1,4 milhão de litros de bebidas com indícios de fraude

FISCALIZAÇÃO

Mapa apreende 1,4 milhão de litros de bebidas com indícios de fraude

As análises das bebidas detectaram em amostragens a substituição de matéria-prima, possivelmente por água e açúcar de cana

 

Uma ação fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) resultou na apreensão de 1.453.308,20 litros de bebidas como néctares, refrescos e água de coco em estabelecimentos no estado de Minas Gerais. Ao todo, 22 lotes de produtos estavam com indícios de fraude por retirada de matéria-prima e 143.678 unidades de rótulos de água de coco com não conformidades.

Com a quantidade de lotes fraudados, um dos o estabelecimentos foi fechado cautelarmente e teve sua produção interrompida até que realize as adequações necessárias, dentre elas a adoção de uma política antifraude, para retomar sua produção com garantias à qualidade e autenticidade dos produtos.

As análises dos produtos, realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária no Rio Grande

do Sul (LFDA-RS), detectaram em amostragens a substituição de matéria-prima, possivelmente por

água e açúcar de cana. Serão realizadas análises de contraprova, necessárias para a confirmação da

irregularidade e autuação dos estabelecimentos. Em caso de confirmação, as empresas podem

receber multas de até R$ 117.000,00 por lote irregular.

 

jarra com suco de laranja

Foto: Pixabay

 

“Ao suprimir a matéria prima e adicionar açúcar em substituição, os estabelecimentos ferem o direito dos consumidores à correta informação e prejudicam os produtores rurais, que deixam de entregar matéria prima à produção”, explica o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Glauco Bertoldo.

Estima-se, pelo volume de água de coco irregular apreendido, que deixaram de ser utilizadas mais de 2.000 toneladas de coco verde na fabricação dos produtos, o que corresponde a 530 mil litros de água de coco.

A ação foi realizada por auditores fiscais federais agropecuários do serviço de inspeção de produtos de origem vegetal (Sipov-MG) e contou com apoio da Superintendência Federal de Agricultura de Minas Gerais (SFA-MG).