Orgulho de ser Brasileiro!

  
Joaquim Augusto S. S. Azevedo Souza

Tenho orgulho de ser brasileiro e também de ser produtor rural. Sim, pertencer a uma classe que decisivamente contribui para o desenvolvimento e o progresso do País não só é motivo de orgulho, mas também de contentamento pela sensação de dever cumprido. Inseridos numa cadeia produtiva que é a maior geradora de empregos da nação, colaboramos sobremaneira para a boa equação dos graves problemas sociais ainda afligindo, infelizmente, parte da sociedade brasileira. Nos esforçamos para produzir e gerar riquezas, construindo um quadro em que todos ganham, a começar pela economia do País, até alcançar os integrantes da classe profissional rural.

Lutamos com galhardia pela produção agropecuária, de tanta relevância para todos, como, aliás é da nossa obrigação; de outro lado, nos deparamos e enfrentamos os radicalismos das invasões de propriedades rurais acobertadas pela Reforma Agrária e as ações de supostos ambientalistas financiados por ONGs estrangeiras.

Suportamos a demagogia política e o descaso do governo, bem como a ausência da informação correta sobre as atividades do campo.

Ao invés de produtores ou empresários como somos, por dentro e por fora, muitas vezes nos desrespeitam com denominações indevidas.

Vilões!..Latifundiários!..Coronéis!.. etc...

Tudo isso e muito mais, formam o conjunto das circunstancias envolvendo o dia a dia da classe produtora rural. Dentro da porteira, a coisa funciona relativamente bem. A produtividade, via de regra, é alta com bom emprego de tecnologia moderna, aplicação e zelo dos produtores. Problemas existem e, é claro, sempre existirão. O importante é saber equacioná-los devidamente, relativizando suas importâncias no sistema produtivo. O grande entrave, contudo, é o que acontece fora da porteira!

Sabemos e destacamos que muita coisa foi feita e melhorada e muito ainda se tem por fazer!

Entretanto, algo que nos causa profunda indignação é o que vem acontecendo na área política, amplamente contaminada pela corrupção, incompetência e descaso para com o Brasil.

E disso, certamente, não sentimos orgulho!

Em sã consciência, que brasileiro pode concordar com a instituição de 37 ministérios, aumentados e visivelmente instituídos para abrigar apadrinhados políticos, em boa parte desqualificados para a função e dados a todo o tipo de falcatruas e negociatas?

A cada mês é descoberto mais um rombo contra os cofres públicos, patrocinado por algum ministro mal escolhido e avesso aos princípios da honestidade e seriedade, que devem nortear as ações das autoridades governamentais. Até quando os conchavos políticos e o deboche continuarão prevalecendo contra quem trabalha e paga impostos?

Quanto custa para o Brasil tantos ministérios, criados à revelia da sociedade, que aliás, paga a conta, apenas para satisfazer os ditos aliados?

O Brasil e seu povo já deram mostras suficientes de pujança e trab