A DEFESA AMBIENTAL PELO AVÊSSO
*Joaquim Augusto S.S. Azevedo Souza
O ambientalismo radicalizado vem impondo sérios entraves ao desenvolvimento rural e à produção agropecuária, com graves conseqüências à economia nacional e à própria população, que em última análise é quem mais sofrerá danos.
A ideologia que afronta a livre iniciativa e o desrespeito ao direito de propriedade, consagrados como pilares mestres dos regimes democráticos, são a marca registrada do radicalismo ambiental, cujos praticantes parecem primar pelo desprezo à prosperidade e ao desenvolvimento.
Ignoram a extraordinária relevância das atividades agrícolas, enquanto fonte produtora ao sustento da humanidade, querem de qualquer maneira que a propriedade rural seja submetida a toda sorte de limitações para o cumprimento de sua missão principal. E o pior é que estão conseguindo, não só pela ocupação de cargos estratégicos da área na esfera governamental, com elementos vinculados à sua ideologia, mas também através da construção de uma legislação ambiental ambígua, retrógrada e enganosa. Dissociam a realidade de nosso meio ambiente da verdade dos fatos reais, para iludir a opinião pública com a contundência da mídia incauta e finalmente jogá-la contra o produtor rural.
A propriedade rural, na ótica vêsga desses radicais, passa a ser mero instrumento para abrigar áreas ambientais, onde devem prevalecer as diversas formas de vegetação nativa, sem maiores preocupações com as finalidades produtivas e geradoras de renda e trabalho. Isso significa negar os direitos constitucionais dos proprietários rurais e desfigurar as funções produtoras e sociais requeridas de suas propriedades. Querem fazer crer que os proprietários rurais sejam exploradores das "riquezas naturais" e cujas propriedades devem permanecer a serviço do Estado, senhor de todas as iniciativas internas e inerentes à propriedade.
Observe-se, entretanto, que esta visão ultrapassada de um socialismo morto e enterrado no resto do mundo, exceção feita a alg