As Eleições
Joaquim Augusto S. S. Azevedo Souza*
Hoje, talvez mais do que ontem, a participação política dos produtores rurais reveste-se de fundamental importância para o próprio desenvolvimento das lides agropastoris.
Não basta alcançarmos excelentes volumes de produção de alimentos e outros produtos agrícolas e atingirmos os melhores de produtividade dentro da porteira se, pelo lado de fora, somos o alvo preferido de tantos quantos se oponham aos desígnios do capitalismo e das iniciativas da livre empresa.
Observem, por exemplo, a infinidade de leis, decretos, normas e regulamentos elaborados e determinados nos inúmeros gabinetes palacianos para disciplinar e nortear as atividades agrícolas, porém sem nenhuma afinidade com as reais necessidades da agricultura brasileira.
Atentem para as 16 mil normas da legislação ambiental, criadas para cumprimento pelos produtores rurais que, entretanto, se forem cumpri-las realmente não poderão mais produzir em nossos campos, postos à mercê de tantas leis proibitivas às práticas agrícolas.E quem, senão os parlamentares e o próprio governo, foram os seus criadores?
Qual o nível de responsabilidade e conhecimento de tais políticos que determinaram o engessamento de nossa agricultura, jogando os produtores rurais para a amargura da ilegalidade?
E o Plano Nacional de Reforma Agrária, no que foi transformado com o apaniguamento, omissão , leniência e até incentivo de parte considerável da classe política?
Algo que poderia até ser saudável para o bom equacionamento dos graves problemas sociais do país tornou-se em abrigo de marginais , invasores de toda a sorte de propriedade rural, seja ela produtiva ou não.
Quem pode estar seguro no campo quanto ao sistemático processo de invasões de terras que crescem a cada ano, excluída a fase eleitoral?
Onde estão os criadores dessas leis agrárias, que tanto mal causam não só à agricultura mas ao próprio país? E a quem respondem por seus atos levianos e demagógicos?
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