Após o Período Eleitoral
Joaquim Augusto S. S. Azevedo Souza*
Terminadas as eleições começa uma nova etapa e um renovar de expectativas. Nossa torcida é para que o novo governo erre menos e acerte bem mais. O Brasil precisa urgentemente de correção nos rumos da política de favores e do compadresco, onde a corrupção campeou livre e solta causando sérios danos não só à economia nacional mas a própria imagem de nosso País, tanto aqui quanto lá pelos lados do estrangeiro.
Em recente entrevista a presidente eleita referiu-se a dois pontos muito importantes para o meio rural: sobre a reforma agrária e sobre a revisão dos índices de produtividade na agropecuária. Em ambos manifestou-se com prudência, o que mostra ,de certa forma, sua vontade de acertar. Parece considerar a reforma agrária como uma questão de direitos humanos, afirmando não compactuar com ilegalidades como a invasão de prédios públicos e propriedades produtivas. Acha que temos terras suficientes para continuar com a reforma agrária e afirma que a política adotada para a agricultura familiar é fundamental para a garantia de renda do assentado. De outra parte, informou que pretende rever o índice de produtividade rural, antiga reivindicação do MST, embora com obediência a parâmetros de ordem técnica, segundo estudo encomendado pelo atual governo à EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Como os temas são abordados de forma superficial num primeiro pronunciamento depois de eleita, sem o devido aprofundamento em ambas as questões, apenas lembramos que a reforma agrária, se tem um lado social ( efetivamente muito mal utilizado até aqui), jamais pode ser tratada como assunto dos direitos humanos. É bom que o governo não compactue com invasões de propriedades e outros crimes praticados em nome da reforma agrária contra o setor produtivo rural; é preciso, porém, que também saiba que a área já desapropriada para tal fim é maior que o tamanho da nossa agricultura, enquanto os resultados obtidos são pífios e