O medo da votação
Joaquim Augusto S. S. Azevedo Souza*
Não é segredo para ninguém que estamos empenhados, como também a maioria absoluta dos produtores rurais, na construção de um novo Código Florestal, moderno e atualizado, capaz de promover o desejável equilíbrio entre a produção rural e a preservação ambiental.
Não é, entretanto, uma tarefa fácil. O que deveria ser um debate saudável e racional entre os prós e contras às referidas mudanças, ganhou contornos indevidos e atingiu o imponderável. O viés ideológico tomou o espaço da discussão serena e dentro da razoabilidade. Alguns ambientalistas radicais, escudados em seus cargos de autoridade ou de parlamentar eleito, chegam ao cumulo do xingamento, das ofensas e das falsas afirmações.
Perde o meio ambiente, perde a agropecuária e perde o Brasil!
O presidente da Câmara Federal disse que colocaria o projeto de mudanças, do deputado Aldo Rebelo, em votação no mês de março passado. Não o fez e ora ainda condiciona a requerida votação ao eventual consenso de uma comissão recém-criada, não se sabe bem pra quê, mas que, de qualquer maneira, se constitui em mais um empecilho não só à votação mas a uma solução adequada para essa grave e aflitiva situação criada à revelia da classe produtora rural, eivada de inconstitucionalidades e promotora da insegurança jurídica nos campos brasileiros.
Lembramos que o projeto de um novo Código Florestal já percorreu o Brasil inteiro, sendo exaustivamente debatido em dezenas de audiências publicas, seminários e reuniões nas mais diferentes instituições e entidades de representação classista.Passou pela Comissão da Agricultura da Câmara Federal, onde foi aprovado após acaloradas discussões com parlamentares ambientalistas.
Os ministros da Agricultura e do Meio Ambiente, devidamente assessorados por técnicos e comissões de parlamentares, avançaram significativamente nas discussões, há meses, em busca de consenso. Hoje, até o ministro da Casa Civil partic