Menos falácia e mais ação

  
Joaquim Augusto S. S. Azevedo Souza*

Já há algum tempo fala-se muito em desenvolvimento sustentável, que me parece objetivar o crescimento da economia e a valorização dos aspectos sociais, com respeito ao meio ambiente.

Nada mais interessante e bem direcionado, mas cuja prática efetiva em boa parte depende de outros fatores como, por exemplo, a definição de uma legislação ambiental exeqüível que, ao mesmo tempo. respeite as características do meio ambiente e da pratica agropecuária.

Outra vertente de suma importância a ser considerada é a questão da geração de empregos, especialmente no campo, alvo de inúmeras normas e portarias de autoridades pouco afinadas com as lides rurais, que acabam por dificultar e onerar sobremaneira os trabalhos agrícolas. Parecem querer diferenciar os trabalhadores rurais com exacerbado paternalismo, que muito ao contrario do que possam imaginar, os prejudicam, obrigando-os muitas vezes a práticas muito mais cansativas no desenvolvimento de suas tarefas. É preciso se considerar, ao invés de tantas determinações e regulamentos, que a manutenção do emprego rural é de fundamental significado para a construção da cidadania do homem do campo. E tal objetivo só se tornará possível com a prática de políticas agrícola e social compatíveis, onde tanto o empregador quanto o empregado tenham seus diretos respeitados. A normatização atual é excessivamente detalhista e complexa, onde se pode perceber a retórica de fundo ideológico. Lamentável!

Por outro lado, não se pode esquecer da grande transformação imposta à agropecuária. É absolutamente visível a evolução tecnológica que revolucionou o sistema de produção rural, levando-nos à condição, hoje, de produtores de alimentos que abastecem às populações urbanas e de enormes excedentes alimentares para a exportação, fonte de divisas para a economia do País.

Assim deve ser vista e assim deve ser respeitada a agropecuária brasileira!

A valorização do homem rural e o fortalecimento de nossos campos, com respeito ao meio ambiente, não só é um imperativo a ser consolidado, mas é a afirmação da segurança e prosperidade para nossas cidades.

É inadmissível que ainda nos dias de hoje tenhamos que conviver com invasões de propriedades rurais, fruto de um plano de reforma agrária mal planejado, distributivista, gravoso e ideológico.
Assistimos o crescimento de bandos desordeiros, intitulados de sociais, para obter polpudas somas do governo federal a fundo perdido e invadir fazendas produtivas ou não, tanto faz!, ao arrepio das leis e do estado de direito. Uma vergonha para um país que já é reconhecido como uma das principais potencias mundiais!

Falemos em desenvolvimento sustentado com consciência e responsabilidade , não só porque é um tema agradável aos ouvidos dos leigos, mas por ser um objetivo sério e importante a ser atingido.

A votação do novo Código Florestal brasileiro pela Câmara Federal, prevista para os p